Fraternidade e Superação da Violência

26/04/2018

A Campanha da Fraternidade de 2018 nos impele a reflexão sobre a violência, contudo essa reflexão precisa nos levar além do frio levantamento de dados sobre a violência ou a elaboração de cartazes, textos, campanhas que no seu interior reforçam ainda mais o gosto popular por mais sangue.

O eixo dessa reflexão deve ser a superação da violência, e para que essa superação aconteça precisamos mudar nosso modelo mental de como a concebemos e como aceitamos passivamente atos violentos todos os dias. A violência não é própria do ser humano. O amor é a nossa essência. Atos de gentileza, respeito, diálogo, compreensão e acolhida devem suprimir o hábito diário de competir, ironizar, discriminar e ferir.

“Mais do que teoria e prática, a não violência tem que ser uma atitude entre toda a prática de ensino, envolvendo todos os profissionais de educação e estudantes da escola, pais e comunidade em um desafio comum e compartilhado. Assim, a não violência integrada dá ao professor outra visão de seu trabalho pedagógico.

A escola tem que dar lugar ao diálogo e ao compartilhamento, se tornando um centro para a vida cívica na comunidade.

Para se obter um real impacto, a educação sem violência tem que ser um projeto de toda a escola, o qual deve ser planejado, integrado em todos os aspectos do currículo escolar, na pedagogia e nas atividades, envolvendo todos os professores e profissionais da escola, assim como toda a estrutura organizacional da equipe de tomadas de decisões educacionais.

As práticas de não violência devem ser coerentes e devem estar refletidas nas regras e na utilização das instalações da escola.

Vista pelo ângulo da não violência, a Educação é para:

* Aprender sobre nossos direitos, responsabilidades e obrigações.
* Aprender a viver juntos, respeitando nossas diferenças e similaridades.
* Desenvolver o aprendizado baseado na cooperação, baseado no diálogo e na compreensão intercultural.
* Ajudar as crianças a encontrar soluções não violentas para resolverem seus conflitos, experimentarem conflitos utilizando maneiras construtivas de mediação e estratégias de resolução.
* Promover a valores e atitudes de não violência: autonomia, responsabilidade, cooperação, criatividade e solidariedade.
* Capacitar estudantes a construírem juntos, com seus colegas, seus próprios ideais de paz.” 

(http://www.unesco.org/new/pt/brasilia/social-and-human-sciences/culture-of-peace/ acesso em 12/04/2018) 

A cultura da paz é uma construção de todos nós. Toda nossa comunidade educativa é convidada a rejeitar, individual e coletivamente, toda e qualquer forma de violência!